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Qualidade de vida e saúde da mulher durante a menopausa e o climatério

Publicado em 24 de outubro de 2022

 

Em geral, ao chegar aos quarenta e poucos anos, as mulheres possuem uma grande maturidade e ainda tem muita energia e disposição, um conjunto muito interessante de características que deu origem à expressão “idade da loba”. Mas com o avançar dessa fase, outra preocupação chega para grande parte das mulheres, a controversa menopausa.

Menopausa e climatério

A menopausa marca o encerramento do período fértil da mulher com a última menstruação. Ela ocorre geralmente entre os 45 e 55 anos, em razão do esgotamento de folículos germinativos (que dão origem aos óvulos). Mas a menopausa só é determinada após 12 meses de amenorreia (ausência de menstruação) sem outros motivos.

Já o climatério é um período que precede a menopausa. É uma fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Muitas vezes, esta fase também acaba sendo popularmente chamada de menopausa.

Durante o climatério, cerca de 20% das mulheres não manifestam sintomas, mas outros 20% tem sintomas severos, que acabam comprometendo fortemente sua qualidade de vida. Sua duração também é bastante variável, mas os sintomas costumam se manifestar entre 2 e 3 anos antes da última menstruação, de forma que ele também é diagnosticado retrospectivamente. No entanto, a maioria das mulheres percebe esta fase bem antes do diagnóstico clínico, através da manifestação dos sintomas. 1

 

Mas por que as mulheres tem menopausa?

Bem, como comentamos, a menopausa ocorre devido ao esgotamento dos folículos que dão origem aos óvulos. O número total de folículos que uma mulher terá ao longo de todo o seu período fértil é determinado antes mesmo dela nascer. Durante a formação dos fetos femininos, entre a 16ª e a 20ª semana, são produzidos cerca de seis milhões de folículos ovarianos, e a partir daí todos os dias uma porção deles é destruída.

Quando uma menina nasce, possui cerca de 1 a 2 milhões de folículos, e quando chega à adolescência estima-se que sejam de 300 a 500 mil folículos. A partir da primeira menstruação – chamada de menarca –, em todos os ciclos, uma porção também deles será eliminada. Esse processo natural e gradual continua até o esgotamento, que leva consigo grande parte da produção de estrogênio e desencadeia mudanças fisiológicas importantes marcadas pela menopausa.

O climatério é uma fase de diversas mudanças fisiológicas, que podem gerar um grande desconforto para as mulheres.
Adaptado de shutterstock.com, 2022.

Os famosos fogachos

As ondas de calor que podem aparecer de uma hora pra outra costumam ser um dos grandes terrores das mulheres no climatério. Mas você sabe de onde elas vêm? Na verdade, esses fogachos são manifestações de episódios vasomotores, que também causam os suores noturnos. Eles estão diretamente relacionados à queda dos níveis de estrogênio.

Os fogachos costumam ser severos em 20% das mulheres, fazendo-as suar muito e obrigando-as a parar suas atividades. Outros 60% das mulheres tem episódios moderados, que também resultam em sudorese intensa, mas sem prejudicar a realização de suas atividades. O mecanismo pelo qual a redução estrogênica desencadeia essas ondas de calor não está completamente esclarecido, mas acredita-se que envolva uma redução da espessura da zona termorregulatória do hipotálamo – região responsável pelo controle da temperatura corporal. 1,2

Além dos sintomas vasomotores, a redução do estrogênio também desencadeia distúrbios do sono, tendência ao ganho de peso e ressecamento vaginal. Alguns outros sintomas que costumam ser relatados, em geral, podem ser associados ao avanço da idade que acabam se confundindo nessa fase da vida da mulher.

Como amenizar os sintomas do climatério?

Não é surpresa para ninguém, mas novamente vamos falar da importância do estilo de vida saudável! Alimentação adequada, praticar atividades físicas regularmente, ter uma boa estratégia para manejo do estresse, não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool são muito úteis também para amenizar os sintomas desconfortáveis dessa fase. 1,3

Além disso, estudos demonstram que a ingestão de isoflavonas, presentes na soja e seus derivados, pode auxiliar no manejo dos sinais e sintomas da menopausa, principalmente do controle das ondas de calor. Além da alimentação, as isoflavonas também podem ser consumidas através de suplementação. Outra alternativa disponível é a geleia real. Além de modular a atividade dos receptores de estrogênio, ela é capaz de aumentar os níveis de DHEA (um importante precursor dos hormônios estrógenos e andrógenos), auxiliando no controle dos sintomas associados à menopausa, além de melhorar a qualidade de vida e a função sexual das mulheres.  4

Algumas medidas simples podem auxiliar no manejo dos sintomas do climatério. Adaptado de shutterstock.com, 2022.

Medicamentos também podem ser utilizados para reduzir os desconfortos. Uma abordagem amplamente utilizada é a Terapia de Reposição Hormonal (TRH). O racional por traz dessa estratégia é evitar que os sintomas decorrentes da redução estrogênica se instalem, a partir da reposição hormonal exógena. Em outras palavras, quando o corpo da mulher reduz bruscamente sua produção de estrogênio, essa redução é compensada através do tratamento farmacológico. Para isso, muitas vezes são combinados hormônios estrogênicos e não-estrogênicos. 5

A TRH é a estratégia mais efetiva no controle dos sintomas vasomotores e das disfunções sexuais. No entanto, ela envolve também alguns riscos dependendo do tipo de hormônio usado, da dose, da duração de uso, da via de administração, entre outros fatores. Para evitar prejuízos à saúde da mulher, esse tipo de tratamento deve ter sempre um acompanhamento médico adequado. 1

Agora que você já sabe um pouco mais sobre essa fase tão polêmica da vida da mulher, viu só como é possível manter uma vida ativa e prazerosa mesmo durante o climatério e a menopausa?


As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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