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Microbiota: efeitos muito além da saúde digestiva

Publicado em 29 de agosto de 2023. 


A modulação da microbiota intestinal e como ela pode influenciar a nossa saúde é um dos temas mais comentados na área da saúde. Diversos estudos demonstram os benefícios dessa estratégia na melhora da saúde gastrointestinal, favorecendo a absorção de nutrientes e reduzindo sintomas associados a doenças – como as doenças inflamatórias intestinais. 

No entanto, atualmente já sabemos que o papel da microbiota vai muito além da saúde gastrointestinal, e hoje vamos falar um pouco sobre seus efeitos fora do sistema digestório. Acompanhe até o final para se surpreender com a diversidade de fatores que são influenciados direta ou indiretamente pelos microrganismos que colonizam o intestino.

Resposta imunológica

A conexão entre a microbiota e o sistema imunológico é particularmente interessante.  Estudos têm demonstrado que a microbiota desempenha um papel crucial na “programação” do sistema imunológico. De maneira simplificada, a interação com a microbiota ajuda a regular a resposta imune, por exemplo, ensinando as células do sistema imunológico a diferenciar o que é prejudicial do que é inofensivo ao organismo. 1

Além disso, a falta de diversidade microbiana – que pode ser resultado de uma alimentação inadequada, por exemplo – pode resultar em um sistema imunológico desregulado, aumentando o risco de doenças autoimunes, alergias e infecções. 1

Peso corporal e metabolismo

A microbiota intestinal também influencia significativamente o metabolismo e o peso corporal. Bactérias específicas podem influenciar a maneira como nosso corpo armazena e gasta energia. Por exemplo, certas bactérias podem extrair mais calorias dos alimentos, enquanto outras podem auxiliar na regulação do apetite e na produção de hormônios relacionados à saciedade. 2

A proporção entre bactérias dos gêneros Bacterioidetes e Firmicutes é um dos exemplos que pode influenciar o metabolismo. Uma microbiota saudável é associada a uma taxa maior de Bacterioidetes/Firmicutes. Em doenças metabólicas como a obesidade, essa taxa é bastante reduzida. Além disso, a redução de algumas espécies comensais (bactérias “benéficas” da microbiota) pode aumentar o risco de doenças metabólicas. É o caso da Akkermansia muciniphila que, quando reduzida, está associada a maior chance de desenvolver obesidade e diabetes tipo 2. 2

Saúde cardiovascular

Além de melhorar o metabolismo e o gerenciamento do peso corporal, o que por si só já reduz o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a microbiota também pode influenciar o controle da pressão arterial. Já foi demonstrado, por exemplo, que a produção dos ácidos graxos de cadeia curta (como acetato e propionato) pelas bactérias está associada a uma menor pressão arterial em modelos experimentais de hipertensão. 3

Processamento emocional

Pode parecer surpreendente para alguns, mas até mesmo nossa saúde mental pode ser modulada pela microbiota intestinal. A comunicação bidirecional conhecida como o eixo intestino-cérebro, tem sido objeto de diversas pesquisas, demonstrando que a microbiota pode produzir metabólitos que afetam diretamente nosso humor e bem-estar emocional. De maneira bastante simplificada, substâncias químicas produzidas pela microbiota intestinal (novamente com destaque para os ácidos graxos de cadeia curta) podem influenciar o funcionamento cerebral, principalmente através da via do nervo vago que medeia essa conexão intestino-cérebro. 4

Ainda, pesquisas já demonstraram que a microbiota influencia na produção de diversos neurotransmissores, dentre eles: dopamina, serotonina, norepinefrina e ácido gama-aminobutírico (GABA). Além disso, diversos trabalhos recentes demonstram que a composição da microbiota influencia no desenvolvimento de doenças psiquiátricas e neurológicos como distúrbios de ansiedade, depressão e até mesmo as doenças de Alzheimer e Parkinson. 4

 

Alguns dos benefícios associados à manutenção de uma microbiota saudável vão além da saúde gastrointestinal. Adaptado de Shutterstock, 2023.

 

Uma das grandes tendências na área da saúde é apostar cada vez em abordagens personalizadas e holísticas. Nesse sentido, a compreensão da influência da microbiota em uma variedade de aspectos da saúde abre portas para novas estratégias de prevenção e tratamento de diversas doenças.

Cuidar da saúde intestinal pode não apenas melhorar a digestão, mas também ter implicações profundas no funcionamento geral do corpo humano. Em vez de considerar a microbiota como apenas um componente da digestão, devemos vê-la como um elo essencial entre diferentes sistemas que trabalham juntos para manter nosso corpo em equilíbrio.

E para a modulação da microbiota, uma das abordagens mais eficientes (além dos ajustes na alimentação) é a suplementação. São diversas opções disponíveis hoje. Além dos clássicos probióticos e das fibras prebióticas, uma alternativa mais recente são os para-probióticos. Se quiser relembrar estes conceitos e aprofundar a leitura nesse tema, não deixe de conferir esta publicação que separamos para você.
 

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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