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Disfunção erétil e saúde sexual masculina

Publicado em 11 de novembro de 2022

A disfunção erétil, popularmente chamada de impotência sexual, é um problema de saúde que está cercado de tabus por todos os lados.

Para diagnóstico de disfunção erétil, o homem precisa manifestar dificuldade ou impossibilidade de manter uma ereção suficiente para manter uma relação sexual. Ou seja, episódios isolados não são suficientes para fechar esse diagnóstico – importante reforçar, inclusive, que é normal apresentar episódios isolados de impotência, sendo consenso científico que todos o homens estão sujeitos a passar por esse “inconveniente”.

É preciso quebrar tabus

Este mês, nossas publicações são todas voltadas para a saúde do homem. Como comentamos há algumas semanas, a expectativa de vida masculina é 7 anos menor do que a feminina no Brasil. Se quiser relembrar esse assunto, clique aqui. Um dos principais fatores para a média de vida mais curta dos homens é a negligência com a própria saúde. Crenças culturais de que os homens não devem expor suas vulnerabilidades têm um efeito deletério não só para a saúde mental, como também para a saúde física.

Quando eles percebem que algo não está muito bem, muitos evitam investigar a fonte do problema. Não é difícil perceber como isso pode prejudicar gravemente a saúde masculina. Quem não tem aquele parente ou amigo que usa a velha expressão “quem procura, acha” para justificar sua esquiva do sistema de saúde, não é mesmo? No entanto, ao não buscar ajuda profissional logo que um sinal ou sintoma se manifesta, existe uma grande chance não só de o problema não se resolver espontaneamente, como também desse evoluir e piorar, dificultando seu tratamento e sua cura.

No contexto da saúde sexual isso se torna ainda mais complexo. A sexualidade em si já é um tema tabu e admitir que têm problemas com sua saúde sexual é algo muito difícil para grande parte da população masculina. E, como veremos adiante, a disfunção sexual pode ser um sintoma de algo muito mais grave e que merece bastante atenção.


Incidência de disfunção erétil por faixa etária e em algumas doenças crônicas.1 Adaptado de shutterstock.com, 2022.

 

Disfunção além do sexual

Para manter uma ereção é necessária uma interação complexa entre processos vasculares e neurais. Após um estímulo, o fluxo sanguíneo é redirecionado para a região peniana preenchendo estruturas chamadas corpos cavernosos, que enrijecem e geram a ereção propriamente dita. Assim, interferências nos comandos nervosos ou na vascularização podem prejudicar esse processo, causando a disfunção erétil.

Dessa forma, a disfunção erétil pode ser um sinal clínico secundário a outros quadros. Dentre os mais comuns, podemos citar a hipertensão arterial sistêmica, o câncer de próstata, as dislipidemias e a diabetes. Nesses casos, muitas vezes é referida como disfunção sexual orgânica, quando existe uma impossibilidade física. Outra possibilidade de disfunção orgânica são as modificações anatômicas, seja por um distúrbio no desenvolvimento ou por fibroses nessa região, como na doença de Peyronie. Ainda, ela pode ser causada por complicações em cirurgias pélvicas, lesões, distúrbios hormonais, pelo uso de alguns fármacos (como anti-hipertensivos, benzodiazepínicos, inibidores seletivos da recaptação da serotonina), pelo tabagismo ou por alguns tipos de câncer. 2,3

No entanto, principalmente quando falamos das faixas etárias mais jovens, o motivo que desencadeia a disfunção erétil pode não ser físico, mas sim psicológico! Tratam-se dos casos onde não há nenhuma complicação circulatória, neural ou hormonal que comprometa o preenchimento sanguíneo adequado dos corpos cavernosos. Nesses casos, o quadro pode estar relacionado ao estresse, ansiedade, depressão, problemas no relacionamento, entre outros problemas de cunho emocional. 2

Devido a todos esses fatores que citamos acima, quando um homem chega ao consultório do urologista relatando a disfunção erétil, devem ser investigadas essas possibilidades para que a etiologia seja determinada e o tratamento seja realmente efetivo.


Possíveis causas da disfunção erétil. Adaptado de shutterstock.com, 2022.

Como é feito o tratamento?

Para acalmar a ansiedade masculina, a boa notícia é que a grande maioria dos casos (praticamente todos) responde muito bem ao tratamento. Nos casos em que se trata de uma disfunção de origem psicológica, o tratamento é feito com base na psicoterapia.

Já para as disfunções orgânicas, uma das abordagens mais comuns de tratamento é o uso de medicamentos como a sildenafila e a tadalafila (princípios ativos do Viagra e do Cialis, respectivamente). Esses medicamentos inibem a enzima chamada de fosfodiesterase-5, responsável por degradar uma das moléculas que medeiam o efeito vasodilatador na região peniana. Dessa forma, favorecem a permanência do sangue nos corpos cavernosos e, consequentemente, a ereção. 2

Outra opção é a administração de injeções intra-cavernosas (diretamente no pênis), que podem ser aplicadas pelo próprio paciente e que apresentam uma resposta quase imediata. Outra abordagem possível é a utilização de bombas a vácuo para induzir a ereção, que é mantida através do encaixe de um anel na base peniana. 2

Ainda, em alguns casos de disfunção orgânica, para uma solução mais definitiva, pode ser feito um implante. No geral, esse implante é extremamente discreto, não sendo possível identificá-lo visualmente. 2

Apesar de ser um assunto bastante polêmico, a saúde sexual é uma parte extremamente importante da saúde de um indivíduo, impactando na sua autoestima e nos seus relacionamentos. Problemas quanto a isso devem ser investigados e tratados logo que são identificados. Por isso, reforçamos aqui: autocuidado também é coisa de homem! E mais uma vez: sua melhor aposta sempre será a manutenção de um estilo de vida saudável!

 

 

 

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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