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Por que sentimos fome?

Publicado em 28 de janeiro de 2021.

A fome (do latim “faminem”) pode ser definida como um desejo ou necessidade urgente de se alimentar, e que pode estar associada a diversos significados e mecanismos biológicos.

Primariamente a sensação de fome se manifesta quando permanecemos por períodos prolongados sem nos alimentarmos, atuando como um mecanismo fisiológico que sinaliza a necessidade de ingestão de alimentos e maior aporte energético para que as funções vitais sejam mantidas. Desta forma, a fome está envolvida na manutenção da homeostase do organismo, garantindo o equilíbrio entre a quantidade de energia consumida através da alimentação e a quantidade necessária para os processos metabólicos. 1,2

Além disso, fatores psicológicos e sociais também exercem grande influência sobre a fome e o comportamento alimentar dos indivíduos. Afinal, atire a primeira pedra quem nunca comeu um alimento saboroso quando estava se sentindo estressado ou ansioso (mesmo sem estar com fome), exagerou na alimentação durante encontros com amigos ou familiares, ou nunca sentiu aquela vontade específica de comer um chocolate após o almoço. 2,3

A fome é um mecanismo através do qual o organismo sinaliza a necessidade de ingestão de alimentos, visando à obtenção de energia e manutenção do funcionamento adequado do metabolismo.

 A comunicação entre o sistema digestório e o sistema nervoso central (SNC) é essencial para a regulação da fome, mantendo o equilíbrio entre e a saciedade e o apetite. Durante uma refeição, a presença de alimentos no estômago e no intestino é detectada por terminais de células nervosas localizadas na parede destes órgãos, levando esta informação (via nervo vago) até o tronco cerebral e o hipotálamo, regiões do SNC envolvidas na regulação da ingestão alimentar. Ainda, a presença de nutrientes como açúcares, proteínas e gorduras no trato gastrointestinal estimula a secreção de hormônios peptídeos (incluindo a colecistocinina e a leptina), que promovem a liberação de enzimas digestivas e sais biliares, auxiliando no processo de digestão. Além disso, estes peptídeos também atuam no SNC, aumentando a sensação de saciedade e inibindo a vontade de ingerir mais alimentos. Através destes mecanismos, a fome cessa e nos sentimos satisfeitos por um período de tempo, que depende da qualidade nutricional de cada refeição (ou seja, da quantidade de nutrientes nos alimentos capazes de serem utilizados pelo organismo para a produção de energia). 3-7

Em contraste, a liberação de hormônios orexígenos (tal como a grelina, liberada quando o estômago está vazio) ativa regiões do SNC que estimulam a fome, aumentando a ingestão alimentar. Entretanto, alguns estímulos promovem o aumento do apetite (vontade de comer) mesmo na ausência de necessidade calórica. Dentre estes estímulos, por exemplo, está a ativação da via dopaminérgica mesolímbica no SNC (também conhecida como via de recompensa) quando vemos um alimento que nos remete à lembrança de algo apetitoso e agradável, ou quando ingerimos alimentos calóricos (com alto teor de açúcar e gordura). Além de suprimir a regulação da saciedade pelo hipotálamo, a ativação desta via também aumenta a sensação de bem-estar, o que estimula o consumo excessivo de alimentos (hiperfagia) mesmo quando não estamos com fome – o que comumente chamamos de gula, já que ingerimos nutrientes que não são mais necessários para suprir a necessidade energética do organismo. É por este motivo que algumas pessoas recorrem à ingestão de alimentos calóricos quando estão estressadas ou ansiosas, já que seu consumo proporciona uma sensação de conforto e bem-estar, melhorando o humor. 1,4,8

A saciedade é o mecanismo inibitório que ocorre após o término de uma refeição e que evita o retorno da fome por determinado período.  Entretanto, fatores psicológicos e alguns estímulos (como alimentos calóricos) podem inibir a saciedade e estimular a ingestão alimentar mesmo na ausência de fome, favorecendo o ganho de peso.

 

Quando a fome se manifesta e não nos alimentamos para repor os nutrientes necessários para o funcionamento adequado das funções fisiológicas, o organismo utiliza as reservas endógenas de açúcares, proteínas e de gorduras para a produção de energia, processo que favorece a perda de peso corporal. Por outro lado, quando comemos alimentos com grande quantidade destes nutrientes, quando comemos em demasia ou na ausência de fome, a energia proveniente da dieta não é completamente consumida pelo organismo e passa a ser estocada sob a forma de gordura, ou seja, ocorre o aumento do peso corporal. 9

Neste contexto, a obesidade é uma condição associada ao acúmulo excessivo de gordura corporal, e que contribui como um fator de risco importante para o desenvolvimento de dislipidemias, disfunções cardiovasculares, diabetes, osteoartrite, câncer, entre outras doenças. A gênese e a evolução da obesidade envolvem fatores genéticos, psicológicos e hábitos de vida inadequados, resultando em alterações biológicas que comprometem o equilíbrio entre os mecanismos de regulação da fome e da saciedade. Estudos vêm demonstrando que o aumento no número de indivíduos obesos ao longo das últimas décadas tem pode ser associado, dentre outros fatores, ao sedentarismo e à maior disponibilidade de alimentos ultraprocessados. Apesar da praticidade no consumo e da boa palatabilidade, estes alimentos possuem baixo valor nutricional e elevado teor calórico, fornecendo mais nutrientes do que o organismo necessita para a homeostase energética, além de estimularem o apetite e favorecerem o aumento da ingestão alimentar. 8,9

Desta forma, a adoção de um estilo de vida mais saudável contribui para a prevenção e tratamento da obesidade e suas demais complicações associadas, e inclui a prática regular de atividades físicas e a ingestão de alimentos menos calóricos. Além disso, é preciso ficar atento a hábitos que prejudicam o comportamento alimentar, tal como se alimentar assistindo TV ou buscar o alívio do estresse através da ingestão de comidas apetitosas. Por fim, estratégias que auxiliem na redução do apetite e no aumento da saciedade de maneira segura também podem ser utilizadas como adjuvantes para o gerenciamento do peso corporal no tratamento da obesidade. 7,10

Medidas que podem auxiliar na manutenção do equilíbrio entre o apetite e a saciedade, contribuindo para o gerenciamento do peso corporal, bem como para a prevenção e tratamento do sobrepeso e da obesidade.

 

Slendesta® é um extrato de tubérculos da batata branca (Solanum tuberosum L.), padronizado em 5% do inibidor de proteinase 2 (PI2). O PI2 é uma proteína de origem natural que reduz a degradação e aumenta a liberação de colecistocinina (CCK) – peptídeo sintetizado principalmente por células intestinais e neurônios, sendo secretado em resposta à ingestão de alimentos.

CCK auxilia no processo de digestão ao tornar a velocidade de esvaziamento gástrico mais lenta e estimular a secreção da bile e de enzimas pancreáticas. Além disso, a CCK também promove sensação de saciedade através de seus efeitos sobre o hipotálamo, região do SNC envolvida na regulação da fome e da ingestão alimentar.

Neste contexto, evidências vêm demonstrando que a suplementação com PI2 está associada à redução do apetite e da ingestão calórica. Assim, a suplementação com Slendesta® é uma abordagem promissora, segura e efetiva para o gerenciamento do peso corporal e redução de medidas corporais, e que em associação a hábitos de vida saudáveis (como alimentação balanceada e prática regular de atividades físicas) pode auxiliar no manejo do sobrepeso e da obesidade.

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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