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Hiperplasia prostática benigna: Você já ouviu falar dessa condição?

Publicado em 15 de fevereiro de 2022.

A hiperplasia prostática benigna é caracterizada pelo aumento do tamanho da próstata, interferindo no fluxo urinário. Para entender essa condição clínica, imagine alguém acordando no meio da noite porque precisa ir ao banheiro. Tenho certeza que você irá dizer que isso é normal. Agora se imagine indo três vezes ao banheiro em uma única noite. Acredito que você tenha pensado que a sua noite de sono não seria tão relaxante. Mas vamos além. Você acorda e sente que precisa ir ao banheiro, no entanto, ao chegar lá, você tem a sensação que não esvaziou a bexiga o tanto que deveria e, mesmo assim, não consegue mais urinar. Então, você volta para a cama e após algum tempo sente uma necessidade incontrolável de ir ao banheiro novamente, além de sentir um desconforto abaixo da barriga. Tais sinais e sintomas se repetem por várias vezes, noite após noite. Você concorda que, nestas condições, as noites de descanso não seriam mais renovadoras, mas sim cansativas? Pois então, assim é a rotina de diversos homens, que após os seus 50 anos de idade são diagnosticados com a hiperplasia prostática benigna. Mas por que isso acontece?

O que é a hiperplasia prostática benigna?

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino responsável pela produção do líquido necessário para proteção e nutrição dos espermatozoides. Ela está localizada abaixo da bexiga e envolve a uretra – canal através do qual a urina é excretada. Diversas condições podem provocar o crescimento anormal de células e elementos glandulares presentes no epitélio e nos músculos lisos prostáticos, levando a um aumento benigno da próstata. Nesse contexto, a hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição clínica decorrente do aumento do volume prostático, que resulta na compressão da uretra e na diminuição do fluxo urinário. A redução do calibre uretral promove diversos sintomas clínicos, que podem ser progressivos e que exercem um grande impacto negativo na qualidade de vida dos homens acometidos por tal condição. As primeiras alterações teciduais ocorrem a partir dos 40 anos, atingindo cerca de 40% dos homens acima de 50 anos e 90% dos homens acima de 80 anos. 1, 2

O aumento do tamanho da próstata acarreta na compressão da uretra e prejudica o fluxo urinário. Adaptado de shutterstock.com, 2022.

As causas da HPB ainda não são completamente conhecidas, embora já tenha sido identificado que a interação de diversos fatores de risco aumenta consideravelmente a probabilidade de seu desenvolvimento. Tais fatores incluem o diagnóstico clínico prévio de doenças crônica (incluindo hipertensão, diabetes tipo 2, depressão e obesidade), bem como o envelhecimento, o histórico familiar, o estilo de vida sedentário, o tabagismo e o etilismo. 1

Principais fatores de risco associados ao desenvolvimento da HPB. Adaptado de shutterstock.com, 2022.

 

Mas quais são os sintomas da HPB?

Os sintomas da HPB estão relacionados com o grau de oclusão da uretra e a idade do paciente, podendo ser classificados como leves, moderados ou intensos. Quanto maior o volume prostático, maior será a redução do diâmetro uretral, podendo provocar sintomas irritantes ou obstrutivos. 3-5

Os sintomas da hiperplasia prostática benigna estão correlacionados com a obstrução da uretra ou irritação da bexiga. Adaptado de shutterstock.com, 2022.

O diagnóstico clínico da HPB ocorre a partir dos sintomas relatados pelos pacientes, bem como através do exame de toque realizado pelo médico urologista. Ainda, exames complementares (como os de sangue e urina, além de ultrassonografia das vias urinárias e urofluxometria) também são realizados para avaliar a abordagem terapêutica mais apropriada, de acordo com o quadro clínico de cada paciente. 6

Quais os tratamentos disponíveis para a HPB?

O tratamento da HPB é definido através do acompanhamento clínico de cada indivíduo, bem como do grau e da progressão da doença. Para casos moderados, alguns medicamentos podem ser utilizados a fim de controlar a progressão da doença e atenuar os sintomas clínicos. Dentre esses, destaca-se a Dutasterida – inibidor não seletivo da enzima 5α-redutase (I e II). Tal enzima é responsável pela conversão de testosterona livre em dihidrotestosterona – forma mais bioativa da testosterona. Evidências apontam que a dihidrotestosterona exerce um papel importante na regulação do volume do tecido prostático e no desenvolvimento de hiperplasias benignas, visto que regula a expressão de proteínas associadas ao crescimento e proliferação celular. Desta forma, ao inibir a enzima 5α-redutase, a dutasterida reduz os níveis de dihidrotestosterona na próstata, contribuindo para a retração do epitélio prostático e promovendo a redução do volume (ou tamanho) da próstata. Adicionalmente, a retirada da glândula prostática pode ser recomendada para os caso em que o tratamento medicamentoso não seja eficaz. 4, 5, 7

A dutasterida diminui a progressão da Hiperplasia Prostática Benigna através da inibição da enzima 5α-redutase, reduzindo os níveis de dihidrotestosterona na próstata. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.

 

Adicionalmente, diversos compostos bioativos podem ser utilizados como adjuvantes no tratamento da HPB. A suplementação com Saw Palmetto, ômega-3 ou licopeno , por exemplo, pode atenuar o crescimento prostático, bem como reduzir a manifestação dos sintomas clínicos e diminuir o risco de desenvolvimento do câncer de próstata – condição clínica muitas vezes relacionada com o diagnóstico da HPB. Como consequência, além de melhorar de forma significativa a qualidade de vida dos homens acometidos por essa condição clínica, tratamentos mais invasivos – como a remoção cirúrgica – podem ser evitados. 8-11

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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