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Fitoterápicos na prática esportiva: Uma fonte natural para a melhora do seu desempenho!

Publicado em 07 de fevereiro de 2022.

Muito antes do surgimento da síntese química, as plantas já serviam como fonte de cura e conforto. Atualmente, o potencial terapêutico dos constituintes das plantas é amplamente explorado para tratar e prevenir as mais diversas condições clínicas e na área do esporte, isso não é diferente. O potencial das plantas visando melhorar o desempenho esportivo vem sendo amplamente estudado e os resultados são surpreendentes e positivos, aumentando a gama de opções de suplementos de origem vegetal para comercialização. Quer conhecer as opções disponíveis no mercado brasileiro e compreender quais seriam mais adequadas às suas necessidades atuais? Obtenha todas essas informações nesta publicação!

Desde quando as plantas são utilizadas para melhora do desempenho?

O uso de plantas para fins terapêuticos é uma prática realizada desde as primeiras civilizações que habitaram o planeta, sendo que os primeiros registros encontrados dessa aplicação datam de mais de 5.000 anos. Inicialmente, acreditava-se que as plantas exerciam ação mística sobre o organismo, entretanto, o avanço no conhecimento nos permitiu associar seus benefícios à saúde humana com a presença de compostos bioativos, capazes de modificar inúmeros processos biológicos. Particularmente, o uso de plantas na prática esportiva, visando à melhora do desempenho esportivo, se iniciou com o uso da Medicina Tradicional Chinesa por praticantes de artes marciais. Atualmente, cada vez mais os atletas têm buscado alternativas naturais para a suplementação – especialmente a fitoterapia – a fim de evitar os riscos e efeitos colaterais associados às drogas sintéticas. 1,2

Quais os benefícios do uso de fitoterápicos por praticantes de atividade física?

Durante a prática de exercício físico de força e/ou de resistência, a demanda de oxigênio e de nutrientes no músculo aumenta significativamente. Além disso, também é observado o acúmulo de alguns metabólitos provenientes do metabolismo anaeróbio em células musculares como, por exemplo, o ácido láctico. Logo, o acúmulo desses metabólitos após a prática de exercícios físicos de alta intensidade interfere com a homeostase muscular, reduzindo sua resistência e capacidade de gerar força – o que compromete o desempenho físico e esportivo.

Atletas, especialmente aqueles em preparo para competições, têm um intenso ritmo diário de treinamentos. Nesse contexto, a prevenção do dano e a aceleração da recuperação muscular são fatores de extrema importância que são priorizados pelos atletas. Afinal, ser capaz de executar treinos com eficiência máxima e chances mínimas de lesão é o objetivo principal desses profissionais. Entretanto, nem todos os compostos que promovem tais incrementos no desempenho podem ser livremente utilizados. A Agência Mundial Antidoping (WADA) periodicamente estabelece uma lista com substâncias e métodos que são de utilização proibida por atletas. Particularmente, estão incluídas nessa lista substâncias que interferem na ação ou nos níveis de hormônios no organismo, bem como aquelas que possam promover uma melhora desproporcional no desempenho. 3

Nesse contexto, as plantas emergem como abordagem efetiva e promissora na melhora do desempenho esportivo para os atletas – visto que, de acordo com a WADA, não caracterizam doping. As plantas fornecem diversos macronutrientes como carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos nucleicos que têm valor nutricional importante. Além disso, as plantas produzem metabólitos secundários, também denominados fitoquímicos, que incluem alcaloides, terpenoides e polifenois, os quais apresentam importantes efeitos farmacológicos no organismo humano. Tais compostos bioativos têm sido associados aos benefícios que algumas plantas promovem sobre o desempenho físico. Sobretudo, tem sido demonstrado que medicamentos fitoterápicos apresentam efeitos positivos sobre o desempenho esportivo, a resistência cardiorrespiratória, a hipertrofia muscular, o ganho de força e a recuperação muscular. 3

Os constituintes das plantas podem ser transformados em fitoterápicos para o consumo humano e utilizados visando à melhora no desempenho físico. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022

Mas o que são fitoterápicos e quais são eficazes na melhora do desempenho?

De acordo com a RDC nº 26/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), denomina-se fitoterápico o produto obtido de planta medicinal ou de seus derivados (exceto substâncias isoladas) com finalidade profilática, curativa ou paliativa. São produtos obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade.

Neste sentido, estão disponíveis na literatura diversos estudos clínicos demonstrando as aplicações de inúmeros produtos à base de plantas, especialmente, com a finalidade de promover a melhora do desempenho na prática de diferentes modalidades esportivas. A seguir, estão descritos alguns extratos e associações de plantas comercializados no Brasil, que têm se destacado em estudos clínicos por promover o aumento de força, melhora da resistência ou contribuir para a recuperação muscular.

Aumentam a força e a hipertrofia:

  • WATT’S UP® é um extrato de laranja doce (Citrus sinensis) padronizado em altas concentrações de hesperidina (≥ 90,0%) – um flavonoide com propriedades antioxidante, anti-inflamatória e citoprotetora. 4-5

  • TestoActive® – consiste em um extrato das sementes de Trigonella foenum-graecum (também conhecida como Fenugreek ou feno-grego), uma planta nativa de regiões da Europa Oriental e da Ásia. É padronizado em 70% de fenosídeos – saponinas às quais são atribuídas suas diversas propriedades terapêuticas, incluindo o aumento dos níveis endógenos de testosterona.6-7

  • Eurycoma longifolia (Long Jack; 1% euricomanonas) – também conhecida como Tongkat Ali ou Long Jack, é um arbusto originário da região sudoeste da Ásia. Apresenta altas concentrações de euricomasídeos, euricolactonas, alcaloides, quassinoides e euricomanonas, que promovem benefícios sobre os sistemas imunológico, muscular e reprodutor. Tem sido demonstrado que tais metabólitos promovem o aumento dos níveis de testoterona. 8–10

  • Turkesterone 2% (Ajuga turkestanica) – A Ajuga turkestanica é uma erva perene originária da Ásia Central, rica em compostos triterpênicos pertencentes à classe dos fitoecdisteroides, os quais têm sido investigados como análogos da testosterona endógena. Assim, a suplementação com este composto apresenta efeitos ergogênicos e pode favorecer o aumento da síntese proteica nos músculos. 11-12

  • Cyanotis sp. (70% beta ecdisterona) – é uma planta nativa da China da qual as raízes apresentam uma alta concentração dos fitoecdisteroides, dentre os quais destaca-se a beta ecdisterona, também denominada de 20-hidroxiecdisona. Este composto bioativo tem sido particularmente associado à uma atividade anabólica acentuada, que leva ao aumento da massa muscular. 11–13

Melhoram a resistência física:

  • Ashwagandha KSM 66® (Withania somnifera; 5% witanolídeos) – é um extrato padronizado de Withania somnifera, também conhecida como cereja do inverno ou ginseng indiano, sendo considerada uma das plantas medicinais mais importantes da Medicina Ayurvédica. A alta concentração de witanolídeos apresentada por este extrato tem sido associada à sua capacidade de promover a resistência e tolerância ao exercício físico – efeito acompanhado da redução de ocorrência de lesões induzidas pela prática esportiva. 14-15

  •  Beterraba Extrato (Beet Root; Beta vulgaris; 10% de nitrato de betaína) – é uma planta originária de regiões de climas temperados da Europa e do norte da África. É amplamente utilizada como alimento e apresenta potencial terapêutico associado à presença de aminoácidos, vitaminas (A, B1, B2 e C) e minerais, além de betaína e nitratos – compostos que exercem potente ação antioxidante, hipotensiva e vasodilatadora. Seus benefícios sobre o sistema vascular e muscular contribuem para aumento da resistência e melhora do desempenho físico. 16-17

  • Rhodiola rosea (3% salidrosídeos) – conhecida popularmente como raiz de ouro ou raiz ártica, é uma planta perene, cultivada principalmente na Europa, na Ásia e na América do Norte. As raízes e os rizomas da Rhodiola rosea são ricas em compostos bioativos, como taninos, fenóis, alcaloides, flavonoides e quinonas, dentre os quais se destaca o salidrosídeo. Tal composto tem sido relacionado ao potente efeito antioxidante e anti-inflamatório desta planta. Ainda, tem sido demonstrado que a suplementação com Rhodiola rosea promove aumento da resistência ao treino aeróbico. 18-19

Contribuem para a recuperação muscular:

  • Active Power Up consiste na associação de extratos das plantas Panax notoginseng e Rosa roxburghii, nativas do leste asiático e cultivadas principalmente na região sul da China, apresentam diversos compostos bioativos com potencial terapêutico, tais como saponinas, polissacarídeos, ácido ascórbico, ácidos fenólicos, flavonoides e a enzima superóxido dismutase (SOD). Esta associação de plantas atenua o processo inflamatório no tecido muscular, uma vez que reduz a liberação de mediadores pró-inflamatórios após a prática de exercício físico de resistência. 20–22

  • Tribulus terrestris (40% saponinas) – é uma erva rasteira nativa do Sul da África, Austrália, Índia e Europa, da qual os frutos e raízes apresentam altas concentrações de saponinas esteroidais, incluindo espirostano, furostanol e protodioscina. Tem sido demonstrado que a suplementação com essa planta promove redução da síntese de ácido láctico, reduzindo o dano muscular pós-treino. 23–25

  • Tart Cherry Extrato (Prunus cerasus; 2% proantocianidinas) – conhecida popularmente como cereja azeda ou Ginja, é uma espécie botânica nativa da Europa e do sudoeste asiático, cujo fruto é utilizado tanto na culinária quanto para fins medicinais. Por conter compostos bioativos, incluindo as antocianinas e o ácido clorogênico, apresenta atividades antioxidante e anti-inflamatória que contribuem para a redução do dano no tecido muscular, além deacelerar o processo de recuperação das fibras musculares após a prática de exercícios físicos de resistência. 26,27

Os mecanismos pelos quais plantas e compostos bioativos exercem seus efeitos são diversos. Contudo, em sua grande maioria, os compostos bioativos contidos nas plantas apresentam ação antioxidante e anti-inflamatória, sendo capazes de atenuar o dano tecidual induzido pelo exercício físico. Adicionalmente, podem também induzir a vasodilatação, ativar vias de sinalização envolvidas na regulação do metabolismo muscular e energético, promover a síntese proteica e crescimento tecidual (incluindo a via AMPK, Pi3K/AKT e IGF-1), bem como aumentar a liberação endógena de hormônios (especialmente a testosterona). Apesar de a indústria química desenvolver muitas drogas sintéticas para essa finalidade, muitas vezes o estímulo que você precisa para potencializar os resultados dos seus treinos vêm da natureza! 

Benefícios do uso fitoterápicos sobre a melhora do desempenho físico. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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