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Compostos naturais podem auxiliar no tratamento da síndrome pós-Covid-19?

Publicado em 21 de junho de 2021.

Seja através da ingestão de água e alimentos, do contato com superfícies contaminadas, da aspiração de partículas suspensas no ar ou do convívio direto com indivíduos doentes, diariamente entramos em contato com microrganismos patogênicos, que podem infectar nosso organismo e resultar no desenvolvimento de diferentes doenças. Embora possamos sentir o reflexo destas infecções através da manifestação de sinais e sintomas característicos, na maioria das vezes estes microrganismos são completamente eliminados pelo sistema imunológico, sem que acarretem em danos mais significativos para o nosso organismo ou comprometam a nossa saúde. Ainda, após a resolução destes processos infecciosos, nosso sistema imunológico desenvolve um conjunto de mecanismos (tal como a produção de anticorpos) que auxiliam na defesa contra futuras reinfecções, atenuando o desenvolvimento dos sintomas e prevenindo o agravamento da doença. 1

No entanto, em alguns casos, os microrganismos patogênicos podem comprometer a integridade do tecido infectado, resultando em diferentes complicações que afetam a saúde do indivíduo em longo prazo, mesmo após a resolução da infecção. É o que acontece, por exemplo, na tuberculose – doença decorrente da infecção pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Durante a fase ativa da doença, esta bactéria danifica o tecido pulmonar, resultando em dores no peito, tosse, expectoração e dispneia que podem persistir durante meses, até que o organismo estimule o processo de cicatrização tecidual e reestabeleça as funções que foram comprometidas durante o processo infeccioso. 2,3

Além da tuberculose, a infecção pelo vírus SARS-CoV-2 também vem desafiando a medicina moderna, tanto em virtude da dificuldade de conter a transmissão viral quanto de prevenir ou atenuar os danos provocados por este vírus no organismo humano. Embora novos estudos venham contribuindo para a melhor compreensão dos mecanismos moleculares da Covid-19 (doença provocada pela infecção com o vírus SARS-CoV-2), ainda não está completamente esclarecido como o organismo humano consegue eliminar esse microrganismo, assim como quais são os possíveis efeitos residuais promovidos por este vírus após a resolução da infecção.

Estudo aponta os principais sintomas tardios associados à infecção por SARS-CoV-2

Diferentes evidências vêm apontando que a recuperação total de alguns sintomas da Covid-19 ocorre dias ou meses após a resolução da infecção, o que pode acarretar em futuras complicações aos pacientes. Assim, um estudo científico publicado recentemente demonstrou quais seriam as principais consequências (ou “sequelas”) da infecção pelo vírus SARS-CoV-2. Para esta análise, aproximadamente 1.700 indivíduos que passaram por hospitalização para o tratamento da Covid-19 foram acompanhados por um período de seis meses após a redução da carga viral no organismo e cura da infecção. Ao término da análise, foi observado que a maioria destes indivíduos (76%) desenvolveu ao menos um sintoma clínico relacionado à Covid-19, incluindo fadiga física e mental associada à fraqueza muscular (63% dos casos), dificuldade para dormir (26%), ansiedade e depressão (23%), além de complicações cardiorrespiratórias e manifestações anormais nos exames de imagem de tórax. Desta forma, este estudo sugere que mesmo após a eliminação do microrganismo, a infecção provocada pelo vírus SARS-CoV-2 pode acarretar em inúmeras complicações, comprometendo funções pulmonares e extrapulmonares (como cardiovasculares, cognitivas, entre outras). Estas complicações, por sua vez, necessitam de atenção e cuidados para que o organismo reestabeleça sua homeostase, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos durante o período de recuperação. O estudo completo pode ser acessado através deste link.

Possíveis consequências ou sequelas associadas à Covid-19.

 

Estudos como este reforçam tanto a importância da assistência médica adequada a pacientes com Covid-19 desde o início da manifestação dos primeiros sintomas, como também da manutenção de cuidados durante a recuperação destes indivíduos após a resolução da infecção viral.

Tem sido demonstrado que a fadiga física e mental, a dificuldade de concentração e o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos (tais como ansiedade e depressão) decorrentes da Covid-19 influenciam diretamente o bem-estar e a qualidade de vida destes indivíduos, comprometendo seu desempenho em atividades cotidianas ou até mesmo no retorno ao trabalho. Neste contexto, estudos apontam que os efeitos benéficos atribuídos a diferentes extratos vegetais ricos em fitoquímicos bioativos podem auxiliar na redução destes efeitos pós-Covid-19. 4

Os benefícios dos extratos vegetais no tratamento de infecções virais

Estudos pré-clínicos e clínicos vêm demonstrando as propriedades adaptógenas de algumas espécies vegetais, tais como Rhodiola rosea e Withania somnifera (Ashwagandha), cuja suplementação pode auxiliar na redução do estresse e da fadiga física ou mental, melhorando a vitalidade e o bem-estar geral do organismo. Ainda, estes estudos apontam que os extratos de Tinospora cordifolia, Zingiber officinale Roscoe, Curcuma longa L., Ocimum sanctum L., Andrographis paniculata, Glycyrrhiza uralensis Fisch, Piper nigrum L. e Sambucus nigra também apresentam propriedades terapêuticas interessantes, que podem auxiliar não apenas na redução dos sintomas clássicos promovidos por infecções virais, como também estimulam o sistema imunológico a eliminar o microrganismo invasor (atividade imunomoduladora).

Utilizados há centenas de anos pela Medicina Tradicional Chinesa e Ayurveda, esses compostos apresentam em sua constituição inúmeros fitoquímicos bioativos com potencial terapêutico, incluindo flavonoides, saponinas, antocianinas, alcaloides, esteroides e óleos essenciais, além de uma ampla variedade de vitaminas e minerais. Estes compostos, por sua vez, exercem atividade imunomoduladora e reduzem o processo inflamatório e o estresse oxidativo tecidual, amenizando a “chuva de citocinas” (característica da Covid-19) e os danos teciduais. Além disso, auxiliam na redução de sintomas clássicos das infecções virais (como febre, coriza e mal-estar) visto que exercem efeito antiviral ao restringirem a entrada e a replicação de algumas espécies de vírus nas células, bem como favorecem o processo de fagocitose celular – o que aumenta a capacidade das células do sistema imunológico de eliminar o microrganismo invasor. 4–6

Embora não existam evidências que estes compostos possam prevenir ou tratar a infecção pelo SARS-CoV-2 (durante a fase ativa da doença), estudos como estes apontam que a suplementação com fitoquímicos imunomoduladores pode auxiliar o organismo a reestabelecer a homeostase do sistema imunológico, o que favorece não só o processo de cicatrização dos tecidos lesionados, como também auxilia na recuperação das funções comprometidas e na redução dos sintomas residuais da doença durante o processo de recuperação (pós-covid).

Principais benefícios associados à suplementação com Rhodiola rosea, Ashwagandha, Sambucus nigra, Tinospora cordifolia e Piper nigrum L.

   

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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