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Asma: o que é e como os suplementos podem auxiliar no manejo

Publicado em 02 de maio de 2023

A asma é uma das doenças respiratórias mais recorrentes entre os brasileiros, sendo causada por uma inflamação dos pulmões. Estima-se que 23,2% da população do país viva com a doença, representando a terceira ou quarta causa de hospitalizações, dependendo da faixa etária analisada. Para os indivíduos que convivem com esta doença pode ser bastante desafiador praticar algumas atividades, como o exercício físico. Mas o quanto você sabe sobre essa doença tão comum? Até o final desta publicação esperamos que você saiba um pouco (ou muito) mais. 1,2

 

Como a asma afeta os indivíduos que convivem com ela?

Quando respiramos, o ar entra por nossas narinas ou pela boca e desce pela faringe, laringe e traqueia até os pulmões, onde acontecem as trocas gasosas – substituição do dióxido de carbono expirado pelo oxigênio inspirado. No entanto, no pulmão de indivíduos asmáticos desenvolve-se uma inflamação que leva a um inchaço do revestimento das vias aéreas, os músculos lisos ao redor se contraem e o muco obstrui boa parte da passagem de ar, desencadeando os sintomas respiratórios.

A asma é uma doença heterogênea, ou seja, sua apresentação clínica varia bastante de um indivíduo para outro. Os sintomas mais comuns são uma respiração curta ou ofegante e tosse que pode piorar especialmente à noite ou durante a prática de atividades físicas. Além disso, podem estar presentes: falta de ar, dificuldade em manter um ritmo de fala, aperto ou dor no peito, crises de ansiedade ou pânico, fadiga, infecções frequentes e distúrbios de sono. O diagnóstico é feito pelo médico a partir dos sintomas relatados pelo paciente e do resultado de exames como a espirometria – que analisa a função respiratória. 1,3

As causas exatas da asma ainda não foram bem elucidadas, mas alguns fatores que predispõe sua manifestação já foram identificados. É o caso do perfil genético, do histórico de infecções virais graves durante a infância e também da modulação inadequada do sistema imunológico por falta de exposição a microrganismos – chamada de teoria da higiene. Ainda, as crises de asma podem ser desencadeadas por gatilhos ambientais, como alérgenos ou emoções intensas, entre outros. 4

 

Comparação didática entre as vias respiratórias inferiores de indivíduos com ou sem asma e principais sintomas. Adaptado de Shutterstock.com, 2023.

 

Ainda não existe cura para a asma, mas existem tratamentos que melhoram os sintomas e reduzem bastante as crises, permitindo o controle da doença. Ele geralmente é estruturado em duas etapas: manutenção e resgate. Na fase de manutenção, geralmente são utilizados medicamentos anti-inflamatórios que reduzem a inflamação nos brônquios. As principais escolhas nesse caso são corticoides inalatórios, mas existem outras opções de medicamentos que podem ser associados. Dentre eles estão os broncodilatadores (como salbutamol e ipratrópio), que também podem ser usados quando ocorrem crises, na fase de resgate.

Algumas dicas de manejo e gatilhos mais comuns da asma. Adaptado de Shutterstock.com, 2023.

 

O uso de suplementos no manejo da asma

Além do tratamento medicamentoso – que deve sempre ser seguido conforme orientação médica – o uso de suplementos também pode auxiliar no manejo da asma. Evidências apontam que o ômega 3, por exemplo, pode reduzir a produção de mediadores inflamatórios na asma. Já o magnésio auxilia no relaxamento do músculo liso, além de potencializar a atividade de medicamentos broncodilatadores (agonistas beta-adrenérgicos). Já a vitamina D3 apresenta efeitos imunomodulatórios e anti-inflamatórios. 5

A suplementação com o extrato vegetal Pinus pinaster, rico em flavonoides, também auxilia no manejo dos sintomas e redução das crises, devido principalmente a seus efeitos anti-inflamatórios. Já foi demonstrado, por exemplo, que Pinus pinaster é capaz de reduzir a produção de mediadores inflamatórios, por meio da inibição das enzimas cicloxigenase (COX) e lipoxigenase (LOX), e da via NF-κB. 6,7

Outro extrato vegetal que também pode auxiliar no manejo da asma é o gengibre. Rico em gingeróis e shogaols, que auxiliam no relaxamento da musculatura lisa dos brônquios e pulmões através da ativação de receptores β2- adrenérgicos, além de ter efeitos anti-inflamatórios. Assim, as evidências indicam que o extrato de gengibre pode auxiliar na prevenção e tratamento das crises asmáticas. 8,9

Outros suplementos que apresentam potencial terapêutico neste caso são a quercetina e fisetin. Ambos apresentaram atividade anti-inflamatória em estudos preliminares, além de um efeito de estabilização dos mastócitos (células importantes no processo inflamatório da asma) da quercetina, e um efeito de inibição da via NF-κB (também importante na inflamação) do fisetin. Porém ainda são necessários mais estudos em humanos. 5

A asma é uma doença bastante complexa, que pode comprometer muito a vida do indivíduo, caso não seja bem controlada. Hoje trouxemos um apanhado geral sobre ela, pois precisaríamos de um espaço muito maior para cobrir todos os pontos relevantes. Mas caso queira se aprofundar neste assunto, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia tem um espaço com informações interessantes sobre esse tema. Outra fonte bem completa é a Fundação Americana de Asma e Alergia (em inglês). Por último, mas não menos importante, reforçamos que o acompanhamento médico adequado da asma é fundamental para um bom manejo desta doença.

 


 

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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