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Qual o impacto da pressão arterial na sua memória?

Publicado em 28 de abril de 2021.

A pressão arterial é uma função essencial para o funcionamento correto do organismo, visto que permite a circulação do sangue e a distribuição de nutrientes e oxigênio para todas as células. Esse processo fisiológico é dinâmico e pode sofrer variações ao longo do dia, conforme a atividade que está sendo realizada ou o momento no qual o indivíduo se encontra. Desta forma, a prática esportiva e alterações emocionais ou estresse, por exemplo, podem aumentar momentaneamente a pressão arterial, enquanto que após realizar uma refeição ocorre o aumento do aporte sanguíneo para o intestino, reduzindo a pressão arterial sistêmica. 1,2

Embora ocorram com frequência ao longo do dia, estas variações tendem a ser autorreguladas, e a pressão arterial retorna rapidamente aos valores considerados normais (ou fisiológicos). No entanto, a exposição contínua a determinados fatores de risco ambientais, algumas doenças e até mesmo o processo natural de envelhecimento do organismo podem promover diferentes mudanças no sistema cardiovascular ao longo dos anos, resultando no aumento gradual e persistente da pressão arterial (hipertensão). A hipertensão arterial – popularmente conhecida como “pressão alta” – corresponde a um aumento anormal da pressão exercida pelo sangue durante a sua passagem pelas artérias, que acarreta em efeitos deletérios sobre o endotélio vascular, prejudicando a microcirculação sanguínea e o aporte nutricional dos tecidos. 3

Dentre outras complicações, evidências vêm demonstrando nos últimos anos que a hipertensão arterial não controlada favorece o enrijecimento dos capilares (vasos sanguíneos de pequeno calibre). Este processo modifica o fluxo sanguíneo e prejudica a capacidade dos capilares realizarem corretamente as trocas gasosas e o transporte de nutrientes para os tecidos. Além disso, estes vasos se tornam mais frágeis e suscetíveis ao rompimento, extravasamento sanguíneo (derrame vascular) ou obstrução (isquemia, devido à formação de coágulos ou de placas de ateroma). Como consequência, a hipertensão resulta na manifestação de diferentes sinais e sintomas, tais como arritmias, fraqueza e mal-estar físico em decorrência da baixa oxigenação e aporte nutricional ao tecido muscular, além de náusea, vômito, tonturas, enxaquecas e fadiga mental devido aos mesmos efeitos no SNC. 4–6

Sintomas e riscos associados à hipertensão

 

Neste Contexto, um estudo clínico conduzido por pesquisadores brasileiros avaliou o efeito da hipertensão e da pré-hipertensão arterial – valores intermediários entre o considerado “normal” e o “hipertenso” – sobre a função cognitiva de 7063 indivíduos. Desta forma, foi observado que indivíduos hipertensos ou pré-hipertensos apresentavam uma redução na capacidade cognitiva (na memória, fluência verbal e nos aspectos relacionados à concentração, atenção e reflexos motores e visuais) quando comparados a indivíduos da mesma idade e classificados como normotensos. Esta análise aponta que os prejuízos cognitivos em decorrência da hipertensão ocorrem de maneira independente da idade e, embora não sejam reversíveis, o tratamento com fármacos anti-hipertensos desacelera este processo, reforçando a importância do diagnóstico precoce. Este trabalho pode ser encontrado acessando o link.

Estudos prévios já chamavam a atenção para a relação entre a hipertenção não tratada em indivíduos idosos e o desenvolvimento de demências. No entanto, o estudo citado acima ressalta que embora indivíduos idosos hipertensos apresentem uma aceleração nesse processo, a pré-hipertensão em indivíduos de meia idade também favorece na redução lenta e gradual da capacidade cognitiva, prejudicando a memória e aumentando os riscos para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas associadas ao declínio cognitivo, como a doença de Alzheimer.

Curiosamente, inúmeros estudos também vêm demonstrando que a prática regular de exercícios físicos, associada a uma alimentação balanceada e saudável, exerce efeitos benéficos tanto em parâmetros cognitivos quanto cardiovasculares. Desta forma, melhoraram o perfil cardiorrespiratório e promovem uma ação neuroprotetora, reduzindo os riscos associados ao desenvolvimento de doenças metabólicas e neurodegenerativas. 7

 


As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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