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Câncer de mama: o primeiro passo para a prevenção é o conhecimento

Publicado em 05 de outubro de 2021.

O mês de outubro é dedicado à conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama, e a melhor forma de conscientização é o conhecimento sobre o assunto. Infelizmente, o câncer de mama é o segundo mais comum no Brasil – ficando atrás apenas do câncer de pele – e o que apresenta maior taxa de mortalidade em mulheres. Um em cada três casos de câncer de mama pode ser curado se for diagnosticado em estágios iniciais, por isso o conhecimento sobre os sinais e sintomas, bem como sobre os fatores que contribuem para o desenvolvimento destes tumores pode auxiliar no seu diagnóstico precoce e na redução dos riscos associados à progressão desta doença. Conheça aqui um pouco da história da campanha do Outubro Rosa, os fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença e como reduzir o risco de desenvolvê-la. 1

Por que outubro?

A campanha do Outubro Rosa teve início no ano de 1990 em Nova Iorque, onde aconteceu um evento chamado "Corrida pela Cura", que tinha por finalidade arrecadar fundos para pesquisas científicas sobre o câncer de mama. À medida que o evento crescia, mais instituições públicas e privadas se envolveram, até que o mês de outubro foi instituído como o mês de conscientização nacional nos Estados Unidos. No Brasil, desde 2002 a ação é realizada através da iluminação de diversos lugares públicos com a cor rosa, a fim de transmitir a mensagem de que devemos estar sempre alertas para a prevenção e o cuidado com a saúde da mulher. 2

Quais são os sinais e sintomas do câncer de mama?

O câncer de mama resulta da multiplicação descontrolada de células anormais no tecido mamário, que formam tumores com potencial de metástase e invasão de outros tecidos ou órgãos. A principal manifestação deste tipo de câncer – observada em 90% dos casos – é a presença de um nódulo endurecido no seio, geralmente indolor. Além disso, também podem ser observados o aparecimento de pequenos nódulos na região das axilas ou no pescoço, alterações no aspecto dos mamilos e/ou a saída espontânea de líquidos, assim como coloração avermelhada nas mamas e pele retraída ou com aspecto de casca de laranja. Uma vez que o risco de desenvolvimento de câncer de mama aumenta em mulheres após a menopausa, qualquer nódulo no seio de mulheres acima de 50 anos deve ser imediatamente investigado. Para estas, é recomendado que realizem a mamografia de rastreamento a cada dois anos, enquanto que para mulheres jovens é recomendado que mantenham uma postura atenta em relação a qualquer alteração que ocorra na região das mamas e persista por mais de um ciclo menstrual. Vale ressaltar que apesar de representarem menos de 1% dos casos, os homens também podem ser afetados pelo câncer de mama. 1

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama?

O tratamento do câncer de mama é desafiador devido a sua complexidade e heterogeneidade – tanto no que diz respeito à causa quanto às características morfológicas e funcionais das células cancerosas e do tecido que circunda o tumor, que podem ser completamente diferentes em cada paciente e responder de maneira distinta a determinados tratamentos. Neste sentido, ter conhecimento sobre os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama é o primeiro passo para traçar estratégias e adotar hábitos que visam a sua prevenção, ou mesmo que contribuam para a maior efetividade do tratamento. 3

O fator genético, juntamente com a idade, é um dos únicos fatores de risco para o câncer de mama que não pode ser controlado. Representa apenas de 5 a 10% dos casos de câncer de mama, sendo determinado pelo histórico familiar de câncer de ovário ou mama, bem como pela herança de alterações genéticas. Contudo, a grande parte dos casos é desencadeada por fatores ambientais que são passíveis de intervenção e, desta forma, podem ser prevenidos. 1

Uma das características que diferencia o câncer de mama dos demais é o aumento do crescimento tumoral em resposta a hormônios (como estrogênio, progesterona e insulina). Estima-se que aproximadamente 70 a 80% dos cânceres de mama apresentam receptores para o estrogênio e, portanto, seu crescimento é acelerado pelo uso de terapia de reposição hormonal (frequentemente realizado no período da menopausa) ou pelo uso de pílulas anticoncepcionais. 4

A obesidade – classicamente associada a doenças metabólicas e cardiovasculares – é outro fator presente em um terço dos novos diagnósticos de câncer, além de estar associada com o aumento de complicações e da mortalidade, bem como à redução da efetividade do tratamento em casos de câncer de mama. A patofisiologia da obesidade contribui para tais complicações clínicas, visto que esta condição é caracterizada por alterações que favorecem o desenvolvimento tumoral, tais como inflamação crônica em todo o organismo, aumento do estresse oxidativo e desrregulação na síntese de alguns hormônios – especialmente aumento dos níveis de estrogênio. Ainda, a obesidade também resulta em um aumento dos níveis circulantes de insulina e de fatores de crescimento associados a esse hormônio, como o fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). Tais substâncias favorecem a formação de vasos sanguíneos, a proliferação celular e a metástase do tumor. Indiretamente, a insulina também leva ao aumento dos níveis de estrógenos circulantes, contribuindo duplamente para o agravo do quadro clínico de pacientes com câncer de mama. 5,6

Outros fatores ambientais que aumentam o risco para o desenvolvimento de tumores são a ingestão de bebidas alcoólicas e o tabagismo. O consumo de álcool e tabaco pode causar danos diretos e indiretos ao DNA, favorecendo o desenvolvimento de mutações. De maneira direta, o consumo de álcool e cigarros está associado à formação exacerbada de radicais livres no organismo e à instalação de um quadro inflamatório crônico. Além disso, a metabolização do álcool leva à formação de metabólitos como o acetaldeído, que pode causar danos ao DNA e inibir o seu reparo, favorecendo o desenvolvimento de mutações genéticas que podem levar à proliferação descontrolada das células. 7,8

Principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama.

 

Como reduzir o risco de desenvolver câncer de mama?

Dado os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, mudanças nos hábitos de vida que visam diminuir a deposição de gordura no organismo e que contribuam para a regulação do perfil hormonal têm sido postuladas como estratégias efetivas. Neste sentido, evidências apontam para o potencial da dieta mediterrânea – baseada no consumo de vegetais ricos em fitoquímicos com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, hipoglicemiantes e em ácidos graxos monos e poliinsaturados (ômega-3 e 6) – em reduzir o risco de desenvolvimento de câncer de mama. Além disso, já foi demonstrado que a prática regular de exercício físico reduz os níveis endógenos de hormônios sexuais, insulina, mediadores inflamatórios e de espécies reativas de oxigênio, reduzindo em até 20% o risco de desenvolvimento de câncer de mama. Particularmente, a atividade física executada pela manhã parece exercer um impacto positivo mais significativo sobre o perfil hormonal. 5,9

Ainda, alguns compostos de origem natural tem se mostrado adjuvantes promissores para a redução do risco e no tratamento do câncer de mama. Dentre estes compostos destacam-se os tocotrienóis, a vitamina A e os carotenoides, que devido à sua propriedade antioxidante potente auxiliam tanto na redução do estresse oxidativo associado ao desenvolvimento de tumores como também na redução de efeitos colaterais causados pelo tratamento com fármacos quimioterápicos. 10,11  

 

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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