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A prática de exercício físico pode melhorar a saúde hepática?

Publicado em 06 de julho de 2021.

O fígado é um dos maiores e mais importantes órgãos do corpo humano. Classificado como uma glândula anexa ao sistema digestivo, é constituído principalmente por células denominadas de hepatócitos, que realizam diversas funções essenciais para o organismo. Dentre estas funções destacam-se a filtração e a metabolização de substâncias presentes na corrente sanguínea, a modulação do metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídeos, além da produção de sais biliares – substâncias que auxilia no processo de digestão e na absorção do colesterol. 1

Uma vez que o fígado exerce um papel fundamental na homeostase do organismo, estudos vêm demonstrando que algumas doenças metabólicas (incluindo obesidade e diabetes), alterações genéticas e o uso excessivo de medicamentos podem comprometer a função hepática e resultar no desenvolvimento de diversas condições clínicas, tal como a esteatose hepática não alcoólica. 2,3

A esteatose hepática não alcoólica (também conhecida popularmente como “doença do fígado gorduroso”) é uma doença normalmente silenciosa e assintomática, caracterizada pela deposição de lipoproteínas entre os hepatócitos. Este processo promove o aumento gradual do tamanho e do peso do fígado, além de comprometer a função dos hepatócitos e resultar na instalação de um processo inflamatório crônico, morte celular e formação de tecido cicatricial (tecido fibroso). A evolução deste quadro, por sua vez, aumenta a susceptibilidade do organismo a doenças infecciosas (como a hepatite) e até mesmo ao desenvolvimento de câncer, danificando o tecido hepático de maneira irreversível. 2,3

No entanto, diferentes abordagens terapêuticas podem auxiliar no tratamento precoce da esteatose hepática não alcoólica, revertendo completamente as alterações morfológicas e funcionais observadas neste tecido e reduzindo o risco destas complicações. Assim, evidências apontam que desde pequenas mudanças nos hábitos alimentares até a utilização de medicamentos – que auxiliem na detoxificação hepática e na redução dos níveis séricos de colesterol – podem contribuir para a resolução desta doença.

Ainda, você sabia que além dos hábitos alimentares e do tratamento farmacológico, a prática regular de exercício físico também auxilia na prevenção e no tratamento de doenças hepáticas?

Os benefícios da prática esportiva na saúde hepática

A prática regular de exercício físico (incluindo caminhadas e corridas leves, ou até mesmo atividades de alto rendimento) promove o aumento do consumo energético celular, o que estimula o organismo a utilizar moléculas de gordura (lipídeos) para a produção de energia – processo denominado de lipólise. O aumento da lipólise, por sua vez, pode promover uma redução do volume do tecido adiposo e dos níveis séricos de lipídeos, favorecendo o gerenciamento do peso corporal e a prevenção de dislipidemias. Ainda, evidências demonstram que a prática de exercício físico também reduz o acúmulo de lipídeos em outros tecidos (tais como os tecidos muscular, endotelial e hepático), o que favorece a prevenção e o tratamento de diferentes condições clínicas, como aterosclerose, doenças inflamatórias crônicas, disfunções hepáticas, entre outros. 4,5

Neste contexto, um estudo clínico foi conduzido com 47 indivíduos com sobrepeso (homens e mulheres, com idade média de 55 anos) e diagnosticados com esteatose hepática não alcoólica, demonstrando os principais benefícios promovidos pelo exercício físico no tratamento destas condições clínicas. Neste estudo, foi observado que os indivíduos que realizaram exercícios físicos regulares (independente da modalidade ou da intensidade) durante 8 semanas apresentaram uma redução significativa do índice de massa corporal (IMC), do acúmulo de triglicerídeos no fígado, dos níveis séricos de colesterol, de hemoglobina glicada e de ALT – enzima alanina aminotransferase, considerada um marcador bioquímico de lesão hepática. Assim, estes resultados sugerem que a prática de exercício físico, além de ser benéfica para a regulação do perfil lipídico e glicêmico, também pode contribuir para a melhora da função hepática de indivíduos com esteatose hepática não alcoólica. O estudo completo por ser acessado através deste link.

Estudos como esse reforçam que exercícios considerados simples, como uma caminhada diária, já contribuem para a redução da resistência à insulina e de processos inflamatórios crônicos decorrentes da diabetes e da obesidade. Além disto, tal hábito promove benefícios cardiovasculares, neurológicos, musculares e ósseos, bem como influencia no funcionamento de diferentes órgãos que não são rotineiramente relacionados com a musculatura esquelética, como o pâncreas, intestino e o fígado.

Principais fatores de risco associados ao desenvolvimento de doenças
hepáticas e os benefícios promovidos pelo exercício físico durante o tratamento.

 

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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